A queda do Euro a que assistimos no último trimestre de 2022 e a queda potencial de outras moedas universalmente reconhecidas está a exortar não só os economistas, mas também o sector financeiro, a analisar as oportunidades, riscos, ameaças e tendências no próximo período.

Com isso, há 3 tendências emergentes que parecem vir a liderar o sector financeiro na primeira metade de 2023. Embora essas tendências possam não se concretizar plenamente no mesmo ano, vale a pena investigar nas diferentes instituições financeiras, afinal, ninguém pode dizer se vamos patinar suavemente nos Alpes ou saltar nas discretas trincheiras dos Himalaias!

  1. Conceito de Reforma Monetária

Desde 2008, as criptomoedas têm vindo a abalar o sector financeiro, com o rescaldo a abrir novas portas para a adoção da Blockchain e da Tecnologia de Registo Distribuído (DLT) em soluções e serviços financeiros. Isto é evidente sobretudo na transição global para as moedas digitais do banco central, que se prevê reformar totalmente o conceito de dinheiro.

Quer a emissão de moeda digital do banco central seja acelerada pelos bancos centrais em 2023 ou não, espera-se que os bancos expandam a sua pesquisa e desenvolvimento em soluções potenciais que possam criar para oferecer novas tecnologias baseadas em blockchain ou baseadas em DLT.

Estas tecnologias serão utilizadas pelos bancos para encontrar novas oportunidades para reformar o conceito de dinheiro dentro do espectro monetário M0-M2, o que inclui a gestão de ativos que requerem contratos inteligentes, ou a implementação de serviços de entrega-contra-pagamento e pagamento-contra-pagamento através de redes DLT.

  1. Bannca Aberta (Open Banking)

A banca aberta está a tornar-se não só uma tendência, mas também um padrão de facto que se espera que domine a indústria bancária durante as próximas duas décadas. A lista de bancos digitais já licenciados tinha ultrapassado os 350, e estes possuíam ativos no valor de mais de 200 mil milhões de USD até agora.

Espera-se que os conceitos de bancos virtuais e digitais se tornem uma norma e que o número de bancos digitais em funcionamento duplique ou triplique dentro de 2023. Espera-se também que surjam novas instituições e subsidiárias licenciadas, operadas virtualmente por bancos.

A banca aberta requer sistemas e serviços financeiros para considerar o registo remoto utilizando novas ferramentas de conformidade, incluindo o Electronic Know Your Customer (eKYC), gestão e autenticação de identidade federada, e assinaturas eletrónicas baseadas na Infraestrutura de Chaves Públicas (PKI). Também tem impacto não só na natureza dos omnichannels, como nos sistemas bancários centrais. A mudança para uma solução totalmente baseada na nuvem será um imperativo.

Assim, o Hub de Pagamentos é uma solução necessária que oferece uma solução totalmente digital, nativa da nuvem e em conformidade com as normas SWIFT, ISO, e ANSI. É a plataforma recomendada para oferecer um espectro de funcionalidades bancárias abertas e integrar com as redes locais e internacionais de pagamentos e de blockchain.

  1. Colaboração entre Bancos e FinTechs

Os bancos já reconhecem a necessidade de manter ou unir forças com a fintechs, e o resultado deste tipo de colaboração deverá ser visível entre 2023 e 2025. Por outro lado, muitas fintechs também permanecerão hesitantes em colaborar com os bancos, apesar da sua experiência enraizada no domínio e da sua maior base de clientes.

Apesar de tudo isto, todas as partes envolvidas no sector financeiro, incluindo os clientes e os próprios bancos e fintechs, beneficiarão desta tendência de colaboração por várias razões: os fintechs farão uso de custos de arranque mais baixos e taxas de retenção de clientes mais elevadas, enquanto os bancos acelerarão as suas iniciativas de transformação digital. Quanto aos clientes, eles beneficiarão de custos de transação mais baixos e de uma carteira de serviços drasticamente melhorada!

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