Série de perguntas frequentes sobre CBDC: Privacidade e Segurança
Para responder às numerosas interrogações na mente dos decisores dos bancos centrais quando embarcam na emissão da Moeda Digital do Banco Central (CBDC), reunimos as perguntas mais frequentes durante as nossas reuniões e as respostas dadas pelos nossos especialistas numa série de perguntas frequentes e respostas esclarecedoras sobre CBDC. Começámos pelas transações em CBDC e neste segmento abordaremos a privacidade e a segurança das CBDC.
P1. Como é que os novos utilizadores se registam para a utilização de CBDC?
Soluções como a PS-CBDC mantêm uma identificação única para cada carteira com a sua própria chave pública e privada. Os novos utilizadores podem registar-se de formas diferentes, dependendo da preferência do banco central em adotar um modelo direto ou indireto.
No modelo indireto, os bancos comerciais desempenham um papel vital no registo dos utilizadores e na criação das suas carteiras através do seu número de telemóvel, dos seus cartões de identificação, da sua identificação nacional, etc., para se identificarem de forma pessoal ou eletrónica.
P2. Como é que podemos garantir que as informações fornecidas pelos novos utilizadores são autênticas?
Existem duas abordagens para garantir que as informações fornecidas pelo novo utilizador registado na CBDC são autênticas. Em primeiro lugar, o sistema cumpre a autenticação de dois fatores que utiliza SMS e o e-mail para senhas de utilização única. Em segundo lugar, os países podem também optar por concluir este processo pessoalmente através de portais e agentes. O banco central poderá implementar ambas as abordagens para reforçar a autenticidade.
P3. As informações do utilizador na CBDC são encriptadas?
Por defeito, as informações individuais sobre transações em CBDC devem ser encriptadas e não devem ser disponibilizadas a terceiros. Se existirem quaisquer requisitos de encriptação específicos de um determinado país relativamente à gestão e à supervisão de terceiros, as soluções da CBDC devem ser flexíveis para se adaptar aos mesmos.
Por exemplo, existe uma encriptação de dados no registo, sendo que todos os participantes partilham o mesmo registo e os dados são encriptados de forma que apenas o participante em questão possa desencriptar os dados relevantes através de uma chave privada. Um outro exemplo é a encriptação em vários registos, onde as instituições financeiras participantes, como os bancos comerciais, comunicam com o banco central através de registos privados.
P4. Como é garantido o anonimato das transações e como podemos garantir que apenas a pessoa certa tenha acesso a estas informações?
Os dados armazenados na rede de blockchain não armazenam os dados específicos do utilizador. É necessário um diretório para associar as contas aos titulares. Todas as transações são anónimas, até um determinado montante.
O pseudoanonimato utilizado na CBDC permite publicações e comentários anónimos, uma vez que os utilizadores não dispõem de um identificador visível e quaisquer informações que lhes estejam associadas são disponibilizadas apenas aos prestadores de serviços ou aos administradores, o que o torna uma excelente ferramenta de privacidade e segurança.
P5. A CBDC pode ajudar no combate ao branqueamento de capitais?
O branqueamento de capitais pode ser facilmente controlado com a adoção de CBDC, uma vez que as transações são monitorizadas pelo banco central ou pela entidade autorizada de um determinado país. A autoridade também pode revelar a verdadeira identidade de um utilizador, dependendo das jurisdições específicas desse país. Além disso, as soluções como a PS-CBDC podem ligar todas as transações a qualquer sistema externo de combate ao branqueamento de capitais, através do qual é possível enviar detalhes e receber relatórios para um controlo e uma mitigação de riscos otimizados.
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